Sizaquel matlhombe é uma cantora moçambicana nascida a 02 de Outubro de 1979 na província de Nampula. Com pai ronga e mãe nhungue, passou uma parte da sua juventude em Maputo no bairro de malhangalene, depois viveu em tete onde fez o ensino secundário na Escola Secundária Francisco Manyanga, no fim da juventude, mudou-se para a cidade da Beira e mais tarde foi para Chimoio.
Januario Matlhombe, pai da Sizaquel, foi quem plantou o interesse pela música na artista, tocando músicas de estilo afro-fusão o pai contava com a cantora para fazer os corros das suas músicas durante os ensaios. O plantio surtiu efeito e desde cedo Sizaquel pegou o gosto pela música.
Em 2002, no hotel Zambeze, na cidade de Tete Sizaquel começa a cantar oficialmente, um ano depois (2003) foi a capital do país em busca de mais destaque artístico, onde fez parte da banda Kanheve tendo feito várias actuações nacionais e internacionalmente. Mais tarde, fez parte de um concurso de música nacional que permitiu que a sua música fosse muito ouvida, a músicas “Tivonelene” que é a música que destacou-a e continua a ser uma referência a cantora até aos dias de hoje. Em entrevista a baballute Sizaquel diz que não sabe se é capaz de lançar uma música que supere a Tivonelene que conta com 20 anos no mercado musical: “Eu não sei nem se um dia conseguirei compor uma música que substitua ou que tenha a mesma repercussão que a Tivonelene”.
A música foi gravada por um produtor angolano chamado Yaya, foi parte do primeiro álbum da Matlhombe intitulado Tivonelene que foi uma compilação das músicas da cantora assim como do produtor.
As inspirações da cantora são baseadas na sociedade, a título de exemplo, a música tivonelene que faz um apelo as mulher que por envolvem-se com homens mais velhos em busca de melhores condições financeiras e como consequências contraem doenças e gravidezes não desejadas. A este facto que faz parte da actualidade, talvez poderíamos apontar como um dos motivos pelos quais a música continua sendo muito consumida.
Questionada sobre as principais dificuldades que a artista enfrentou em 25 anos de carreira, Sizaquel disse: “Nessa área patrocínios são raros e são poucos, eu passo dificuldades porque tenho que investir na minha carreira sozinha, já submeti várias cartas a pedir patrocínios mas aqui o dinheiro tem olhos.” Além da falta do patrocínio a cantora apontou o assédio sexual, que assim como vários artistas têm vindo a sofrer. Contudo, a artista afirma que por amor continua firme, aliás, o amor à arte é a razão pela qual vive da música há 25 anos.
Sizaquel também analisou o cenário actual da promoção da música moçambicana, partilhou que os meios de comunicação não tem facilitado para os artistas, porque estes na sua maioria dão espaço a quem tem condições financeiras para pagar pela exibição dos seus trabalhos nos programas que deviam promover a cultura. Este motivo, segundo a cantora, faz com que até os que não têm talento simplesmente paguem e tenham as músicas sendo tocadas.
Matlhombe apelou também aos colegas da profissão a valorizarem a cultura do país, “nós não devemos imitar a 100% os outros, devemos colocar sempre a nossa marca, se for kizomba que seja a moda moçambicana, é possível não cantar a mesmice e não perder a identidade cultural.” disse a cantora.
Sizaquel Matlhombe que canta em Cena, Changana, Ndau e Português, anunciou a Baballute que para o ano corrente fará o lançamento do seu segundo álbum.