Roberto Chitsondzo, renomado professor, músico, compositor e intérprete, nasceu em 9 de agosto de 1961, na cidade de João Belo, atualmente conhecida como Xai-Xai, na Província de Gaza. Sua jornada musical começou desde cedo, influenciada pelas melodias que ecoavam em sua casa, pelas músicas ouvidas no rádio e pela participação no coro da Igreja Católica.
Aos 16 anos, Roberto já integrava bandas como The Good Show e Stop, e sua habilidade musical logo chamou a atenção do público. Sua carreira de destaque iniciou-se em Maputo, onde participou de espetáculos memoráveis como corista, sob o convite de Alexandre Mazuze. Anos mais tarde, ele gravou suas primeiras composições, consolidando sua presença na cena musical moçambicana.
Em 1980, sua música foi selecionada para abrir os programas da Rádio Moçambique, durante o Recenseamento Geral da População, o que o levou a gravar sua primeira música na rádio, acompanhado por uma banda. Em 1984, ao lado de Simião Mazuze e Pedro Langa, gravou a música “Xizambiza”, que lhe rendeu o Prêmio Presença do Jornal Notícias.
Sob a orientação de Pedro Langa, Roberto ingressou na banda Ghorwane, alcançando grande maturidade musical e reconhecimento internacional com os álbuns “Majurugenta” (1993), “Kudumba” (1997) e “Vana Va Ndota” (2005). O Ghorwane, com sua sonoridade singular, tornou-se um ícone da música moçambicana no cenário internacional.
Paralelamente à sua carreira com o Ghorwane, Roberto explorou novas estéticas musicais em sua carreira solo, combinando elementos da música religiosa, tradicional e pop. Seu compromisso com a educação e o desenvolvimento social é evidente em suas composições, que frequentemente abordam questões pertinentes à sociedade moçambicana.
Com mais de trinta anos de carreira, Roberto Chitsondzo continua a ser uma figura proeminente na cena musical moçambicana, participando ativamente de eventos como o WOMEX (World Music Expo), onde compartilha sua rica experiência musical em prol de uma identidade sonora mais enraizada na cultura moçambicana. Sua música, especialmente a emblemática “Vana Va Ndota“, reflete sua visão de um futuro promissor para a humanidade e para a identidade moçambicana, consolidando seu legado como um defensor da educação e da cultura através da arte.