Celebra-se hoje, 21 de Março, o Dia Mundial da Poesia, data proclamada na 30ª Sessão da Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 16 de Novembro de 1999, com o propósito de promover a leitura, escrita, publicações e um diálogo cultural através da dança, das artes dramáticas, pintura e da diversidade criativa.
O Ministério da Cultura e Turismo diz que nesta data comemora-se a livre criação de ideias através das palavras, da criatividade e da inovação. Por outro lado, retrata a importância da reflexão sobre o poder da linguagem e do desenvolvimento das habilidades de cada pessoa.
João Jorge Namelo, escritor e poeta moçambicano, acredita que a celebração do dia contribui não só para a arte em si, mas também para a sociedade pelo facto de ser um ramo que permite a expressão social. Namelo afirma que a poesia já não traz apenas a parte sentimental, mas também a ciência, e que além de tocar nos sentimentos, também tem como objetivo informar a sociedade.
Para o poeta Elton Chone, apesar de ter havido uma certa descontinuidade da poesia depois do colonialismo, actualmente está num patamar agradável. O artista aponta como um grande ganho a extinção de espaços para a exibição da arte, espaço este que era limitado nos tempos passados. No entanto, aponta que há um grande desafio na remuneração do artista, principalmente pelo surgimento da nova ramificação como é o caso do Slam – a poesia falada. O poeta acrescentou ainda que a celebração do dia mundial da poesia remete a uma reflexão da arte na actualidade, e aponta a proliferação e a promiscuidade do que se escreve como factores que não devem ser ignorados. “É um dia para se refletir muito naquilo que nós queremos, o que nós queremos fazer assim como onde nós queremos chegar com poesia”, disse Elton Chone em conversa com a Baballute.
Em comemoração à data, em vários centros culturais em Moçambique, acontecerão diversos eventos, como lançamentos de livros e debates que explorarão a arte de construir poemas e sua significância para a humanidade.