A Marrabenta continua a ter o seu espaço apesar de não existirem políticas institucionais para protegê-la e promovê-la. Todas as iniciativas feitas nesse sentido são de índole individual. De entre as várias iniciativas podem-se destacar jovens como Neyma Alfredo, actualmente considerada a “Diva da Marrabenta” com várias músicas neste ritmo. Lourena Nhate é outra joven com créditos firmados, descoberta no concurso televisivo ‘Fama Show’, e que hoje é uma cantora de Marrabenta com futuro. Isto ilustra a popularidade de que a Marrabenta ainda goza.
Paralelamente à Marrabenta surge, entre 2005-6, o “Dzukuta-Pandza” que tem em Zico o seu expoente máximo. Zico é considerado o promotor deste novo ritmo, que goza de um número crescente de fãs. Uma das músicas que o catapultou para a fama foi “Maboazuda” que passou a ser tocada em todas as rádios comerciais e festas realizadas no país. “Dzukuta-Pandza” é um ritmo que por sinal se inspira na ‘Dzukuta’ ou ‘Zukuta’ um dos ritmos que esteve na origem da Marrabenta.
Apesar dos altos e baixos pelos quais tem passado, a Marrabenta continua a ser uma referência em Moçambique. De tal maneira que em 2008 inicia-se o “Festival Marrabenta” uma iniciativa de jovens da “Logaritmo”. O festival acontece entre Janeiro e Fevereiro e já conquistou o público e artistas moçambicanos, assim como turistas, a julgar pelas multidões que arrasta e número de artistas participantes. É realizado na região sul de Moçambique, nas províncias de Maputo e Gaza, nomeadamente nas cidades de Maputo, Marracuene, Chibuto e Chókwé. Como forma de reconhecimento da sua importância, 2010 foi considerado o ano da Marrabenta pelos músicos Moçambicanos.
Estes instrumentos, desde a guitarra até os mais intricados instrumentos de percussão, desempenham um papel crucial na criação do distinto som deste género musical, amplamente apreciado em Moçambique.
A guitarra, frequentemente assume o protagonismo, estabelece a base harmónica e melódica das composições de Marrabenta. Com seus acordes marcantes e solos emotivos, a guitarra adiciona uma camada de profundidade e emoção às músicas, cativando os ouvintes e conduzindo o ritmo.
Juntamente à guitarra, o teclado desempenha um papel versátil, fornece uma diversificada de sons e texturas à marrabenta. Seja através de acordes suaves que acompanham a melodia ou solos impressionantes, o teclado enriquece a sonoridade da marrabenta, contribuindo para sua atmosfera única.
A bateria, por sua vez, é o pulsar fundamental da marrabenta, fornece o ritmo e a energia que impulsionam as músicas. Com seus ritmos dinâmicos e batidas contundentes, a bateria estabelece uma base sólida para os outros instrumentos, mantendo os ouvintes imersos no ritmo inconfundível da marrabenta.
Além disso, os instrumentos de percussão, como congas, timbales e pandeiros, adicionam uma camada adicional de ritmo e groove à marrabenta. Com seus padrões rítmicos distintivos e batidas pulsantes, estes instrumentos conferem uma autenticidade e vitalidade às músicas, elevando a experiência musical a novas alturas.
Em resumo, cada instrumento na marrabenta desempenha um papel essencial na construção dos ritmos e melodias que tornam este género tão envolvente e apreciado. Seja a guitarra estabelecendo a harmonia, o teclado adicionando profundidade, a bateria mantendo o ritmo ou os instrumentos de percussão que acrescentam groove, juntos eles formam uma sinfonia de som que é verdadeiramente inesquecível.