Morreu aos 66 anos de idade na madrugada desta segunda-feira, 24 de junho, em um hospital de Joanesburgo, África do Sul, Chude Mondlane, cantora moçambicana e filha do líder da luta pela independência Eduardo Mondlane. Reconhecida por sua habilidade em misturar jazz, soul e ritmos moçambicanos em sua música, Chude deixou um legado marcante tanto na cena musical nacional quanto internacional.
Além de sua carreira musical, Chude Mondlane era uma figura proeminente no activismo cultural em Moçambique. Seu compromisso com a arte e sua habilidade de fundir influências culturais diferentes a tornaram uma voz única e respeitada no panorama artístico moçambicano. O presidente Filipe Nyusi expressou suas condolências, destacou a contribuição de Chude para a cultura moçambicana, mencionando suas habilidades em danças modernas e ballet clássico, que ela desenvolveu desde cedo.
Ao longo de sua vida, Chude Mondlane também viveu nos Estados Unidos, onde, sob o nome artístico Shoody, assinou um contrato com a editora JVC em 1981, lançando álbuns como “Tomorrow’s Child” e “Samurai”. Nos anos 1990, retornou a Moçambique e continuou a colaborar com músicos locais, como Júlio Silva, além de participar de projectos experimentais como o grupo Trânsito.
Internacionalmente reconhecida, Chude colaborou com artistas de renome como Roberta Flack e Jason Miles, ampliando sua influência além das fronteiras de Moçambique. Sua morte representa uma perda significativa para a comunidade artística moçambicana e para todos aqueles que apreciavam sua música e sua dedicação à cultura.
O legado de Chude Mondlane continuará a inspirar futuras gerações de artistas e activistas culturais em Moçambique.