Morreu na noite de quarta-feira (07.08.2024), aos 74 anos, o renomado músico moçambicano Salimo Muhammad, anteriormente conhecido como Simião Mazuze, vítima de câncer de pulmão.
O artista estava internado há mais de uma semana no Hospital Central de Maputo numa luta intensa contra o cancro.
A cremação do corpo será realizada no próximo sábado, em Maputo, conforme informou Jomalu, Secretário-geral da Associação Moçambicana de Autores, à Rádio Moçambique.
Salimo Muhammad nasceu em Xai-Xai, província de Gaza, no dia 13 de agosto de 1948. Desde jovem, demonstrou um profundo interesse pela música, mas foi durante o seu serviço militar na Força Aérea em Portugal, nos anos 70, que começou a gravar as suas primeiras canções.
Após retornar a Moçambique em 1974, Muhammad integrou o movimento artístico da época, colaborando inicialmente com o seu irmão Alexandre Mazuze até 1977.
Em Maputo, na década de 1980, formou o grupo Xigutsa Vuma com Pedro Langa e outros músicos, contribuindo para o desenvolvimento da música ligeira moçambicana.
Além da sua carreira musical, Muhammad tinha formação em pintura decorativa e atuou no cinema, participando da longa-metragem “Tempo dos Leopardos”, uma coprodução moçambicano-jugoslava lançada em 1985.
Nos anos 1990, após se converter ao islamismo, Muhammad adotou o nome Salimo Muhammad e decidiu abandonar o nome de nascimento. Na esfera política, foi deputado na Assembleia Municipal da Matola pelo partido MDM.
Salimo Muhammad será lembrado por suas contribuições significativas à música moçambicana, abordando temas variados como amor, crítica social e ativismo político.
Suas canções mais conhecidas incluem “Mamana Maria”, “Bilibiza”, “Xantima ibodlela”, “Magubane”, “Gungula nhautomi”, “Nguva”, “Sambrowera fandanga” e “Waitiva”.