A coreógrafa e bailarina moçambicana, Maria Helena Pinto, estreia-se este mês na literatura com a publicação de “Ardentes Fragmentos da Vida”, sob a chancela da Associação DansArtes e edição da “Oficina de Textos”.
A obra conta com 182 páginas e reúne cerca de 70 textos que reflectem o percurso pessoal e a interacção de Pinto com o mundo e a sociedade. O lançamento está agendado para Portugal e Moçambique. Em Portugal, acontecerá nos dias 29 de Agosto, 7 e 9 de Setembro, e em Moçambique, nos dias 20, 23, 27 e 30 de Setembro.
O livro marca a estreia de Pinto na escrita, após uma carreira de mais de 40 anos no mundo da dança e da coreografia. Temas como cultura, raízes, mentalidades e práticas são apresentados numa reflexão crítica sobre a condição humana e cultural.
Pinto utiliza o livro para estimular mudanças de mentalidade e hábitos, oferecendo uma perspectiva literária feminina a nível nacional e internacional.
É doutorada em Estética, Ciência e Tecnologia das Artes, com especialização em Teatro/Dança pela Universidade de Paris 8, onde obteve o doutoramento com uma bolsa do governo francês.
É co-fundadora do ISARC e fundadora do Festival Internacional de Dança Contemporânea (FIDC). Entre 1995 e 2009, foi uma das principais coreógrafas da Companhia Nacional de Canto e Dança (CNCD) e, em 2004, actuou como directora artística da companhia.
Além das suas contribuições à dança, Pinto participou na concepção de obras sobre a evolução da dança contemporânea em Moçambique, como o caso de “Devir(es) Contemporâneos”.