No dia 27 de Setembro, o jovem músico Optional sobe ao palco do espaço cultural 16 Neto, a partir das 19 horas, para o seu primeiro concerto. Chama-se “Paradoxo” e será o entrelace do hip-hop Lo-fi e R&B alternativo, onde a poesia se transforma em melodias, criando um ambiente de introspecção.

Para o artista, o espectáculo significa a realização de uma ideia e parte de questões que sempre colocou a si próprio. Inicialmente, lançou-se no Rap e transitou para o Lo-fi, o que lhe gerou várias dúvidas, mas trouxe consigo várias vantagens.

“No Rap escreves muito para dizer algo muito simples, enquanto no canto tens de fazer de tudo para entregares a mensagem como deve ser e a pessoa perceber naquele exacto momento”, explicou.

No “Paradoxo”, Optional pretende apresentar inovação musical composta por sons que foi experimentando ao longo da sua trajectória e que melhoraram a sua musicalidade e a entrega da mensagem.

“Melhorei bastante. A minha sonoridade, musicalidade e a entrega da mensagem são outras, dá para perceber na recepção das minhas músicas pelos ouvintes”, destacou.

A ida ao 16 Neto representa o alcance do seu objectivo actual, que é trabalhar com música ao vivo, porque sempre que está no palco, sente-se “melhor, confiante, e hoje em dia está a ser bem fácil fazer isso”.

Optional considera que o mercado moçambicano ainda é muito virgem, e que por isso há muita coisa por explorar. A título de exemplo, o Lo-fi: “há vários músicos aqui em casa que não gostam de explorar géneros musicais. Então, nós somos cobaias de músicas alternativas.” Afirmou.

Antes de chegar ao 16 Neto, lançou a sua EP colaborativa “Melodias para Viver 2”, ao lado de Sir Lovely, e considera este um dos trabalhos que está a ser bem recebido.

“Depois de lançar Melodias para Viver 1, várias pessoas pediram a parte 2, mas tínhamos que deixar as coisas fluírem. Foi e está a ser bem recebido”, afirmou, tendo em conta o número de ouvintes, que só tem aumentado.

Enquanto fazedor de Lo-fi, Optional acredita que ainda há muita gente que faz Lo-fi sem saber, o que o leva a afirmar que este estilo se desenvolveu positivamente.

“Vejo muita gente a fazer Lo-fi sem saber que está a fazer, e também tenho conhecido jovens que apreciam o estilo e que, através das nossas músicas, tentam pesquisar mais e produzir. Porém, uma vez que o estilo não é comercial, não há tanta notoriedade”, explicou.

Além dos espectáculos, o artista perspectiva lançar mais vídeos e dar maior exposição ao seu trabalho.