O artista plástico Aldino Languane é o novo presidente do Núcleo de Arte, instituição centenária que tem por objectivo promover e estimular o gosto pelas artes plásticas no país.
Com mais de 30 anos de experiência na área, com a ascensão à presidência do Núcleo, num mandato de dois anos, Aldino pretende restaurar o valor da arte do próprio fazer no país através da instituição.
Languane partilhou os seus planos para a instituição no Jornal Domingo, e entre os principais projectos destaca-se a necessidade de valorizar o artista plástico, com a colocação dos seus nomes em destaque nas galerias internacionais. Além disso, ele pretende introduzir cursos de curta duração no Núcleo e reabilitar as oficinas da instituição.
“Como diz o nosso manifesto, falamos do artista, da arte e da nossa casa. O nosso artista precisa mudar de mentalidade para a sua valorização, num contexto onde faltam compradores e coleccionadores que realmente entendam de arte”, afirmou Languane, citado pelo Domingo.
O artista também ressaltou a escassez de apreciadores no mercado: “Há pouca caça para muitos predadores, são muitos leões atrás do pouco que existe. Precisamos mudar a consciência do artista.”
Com essas iniciativas, Aldino Languane espera não só fortalecer a presença dos artistas plásticos moçambicanos, mas também contribuir para uma nova era de valorização e compreensão da arte no país.
Com diversas exposições individuais e colectivas, tanto em Moçambique como no exterior, Languane traz consigo uma sólida formação adquirida na Escola Eugénio Lemos e no Atelier Arco-íris, onde desenvolveu uma técnica diversificada sob a influência de mestres das artes plásticas como Ulisse e Noel Langa.
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