Denílson Manhique é um artista multifacetado que se destacou por suas colaborações com as talentosas cantoras Tamyres Moiane e Melony na peça teatral “Os Vizinhos” e na música “Cenas da Life”. Recentemente, o artista engrenou oficialmente para a música através do lançamento do seu primeiro trabalho, o lançamento da EP Man Denny, inspirado por uma das peças. Denílson explora a versatilidade do amor no seu projecto musical e incorpora estilos como zouk, afrobeat e kizomba. Em conversa com a Baballute, o artista fala sobre os motivos que o levaram a abraçar a música, sendo conhecido como actor, e detalha ainda sobre o processo da produção da EP Man Denny. Acompanhe abaixo.

Ainda Está No Teatro? Sim, sim. Apenas abracei uma nova arte que é a música, mas com certeza ainda este ano teremos vários projectos teatrais vindos da minha parte, com a participação de vários atores.

Por que decidiu abraçar a música? Bom, eu decidi abraçar a música porque gosto muito das artes, não apenas o teatro, mas a arte em geral, e música sendo uma arte, eu também sou sempre apaixonado. Uma das coisas que me influenciou a abraçar a música é a influência que tive através da convivência com amigos meus que são músicos. O fato de ir ao estúdio com frequência e estar nesse mundo musical acabou me chamando. Então foi meio que um chamado assim, mas é uma arte que eu adoro bastante e é uma área que eu gosto muito.

Uma vez que ainda é muito jovem, podemos arriscar em dizer que está em uma fase de autoconhecimento. Não vai decidir abandonar a música mais para frente? Acredito que não, porque felizmente eu já tenho admiradores do meu trabalho. Tenho também a minha família que me apoia muito e, por mais que eu tente baixar a cabeça, por mais que eu tente desistir, eles não vão deixar. É o caso dos meus admiradores de redes sociais. Se eu fico uns dois meses sem dizer nada, eles mandam-me mensagens a perguntar o que se passa. Não lanças? Está tudo bem? A minha família idem, eles perguntam. Então, acredito que por ter essa base e por ter essa força por trás, eu dificilmente irei parar e abandonar a música.

Do que fala a sua EP Man Denny? A EP Man Denny fala sobre o amor. Amor, porque na minha ótica, o amor é a ligação entre os seres humanos. O amor é o que faz as pessoas serem unidas, mas também pode afastar os seres humanos e, por ser uma vertente muito vasta, nesta EP eu falo do amor entre um casal, entre família. Eu tento debruçar um pouco do que é o amor e, sendo um tema bem recebido pelas pessoas, pensei que trazê-lo no formato musical não seria muito difícil. Então, dito e feito, as pessoas estão a aderir e a gostar bastante.

Por que decidiu intitular Man Denny? Man Denny porque foi uma forma de homenagear a todos os admiradores do Denílson Manhique, porque os meus admiradores, assim como a minha família, não me chamam de Denílson, eles me chamam de Man Denny. Quando eu estava a fazer a EP, eu tive ideia de vários nomes. No entanto, queria que fosse algo que me identificasse e identificasse ao meu público também, e logo apareceu Man Denny.

Com quantas músicas conta? O Denílson conta com sete músicas, onde seis fazem parte do EP Man Denny e uma que foi lançada no dia 14 de fevereiro, intitulada “Estou a Te Amar”. No momento, tenho sete músicas, mas com planos de lançar bem mais.

Todas as músicas já têm vídeos? Não, apenas duas músicas têm vídeos: a faixa 1, intitulada “Já Não Está a Dar”, que é a música que deu a entrada do Denílson no mundo da música, e a música “Não Alinho”, que tem a participação especial da Juelma Moiana e que também tem o seu videoclipe lançado dois dias depois do lançamento da EP. Porém, ainda este ano virão mais videoclipes das faixas da EP, mas isso depende muito do público, da sua exigência e da forma que vai estar a consumir.

Como foi a gravação da EP Man Denny? As gravações dos vídeos foram muito boas. Tive como videomaker o Cr Boy e, como iluminador, o Net Luzes. As gravações das músicas da EP também foram muito positivas. Tive como produtor o Badjo, da SWB Records. Na composição estavam o Denílson Manhique e o Simba Barvic. Na faixa 5, tive a participação de um saxofonista de nome Blackcarter, filho de Isaú Meneses, que é um artista muito talentoso, e tive a participação do Fahim Mohammad na faixa 3, que é um guitarrista muito bom.

O que podemos esperar de si na música? Onde quer chegar? Podem esperar muita boa música, muito trabalho e vários vídeos de qualidade. Podem esperar também muitas participações positivas. O meu grande sonho é, primeiro, ser conhecido a nível nacional. Eu gostaria que todo Moçambique conhecesse o Denílson Manhique como artista musical, como ator e como artista moçambicano. Como segundo sonho, como todo aquele artista, é internacionalizar a carreira, mas o meu principal foco no momento é ser um artista nacionalmente conhecido. Eu quero ir para todas as províncias e sentir que conhecem o Denílson, cantarem todas as minhas músicas, e acredito que com o apoio da minha família, dos meus admiradores e com o apoio da Baballute, que está a fazer um super trabalho, irei conseguir.