A associação dos músicos moçambicanos recebeu, esta terça-feira, o regresso do bate-papo artístico “Kutxintxa” (Mudança em português), idealizado pelo rapper Kloro Killa.

O evento, que havia sido paralisado por algum tempo, voltou a ter espaço na Associação dos Músicos Moçambicanos, com o tema “Performance e a sua relevância na cadeia de valor da música”.

Segundo explicou o rapper, o regresso do Kutxintxa surge pela necessidade de trazer mais qualidade aos artistas e as suas criações, algo que na visão do Kloro, começa tudo na auto valorização por parte da classe artística.

“Muita gente não sabe que aqui acontecem jam sessions as quintas, mas a responsabilidade está nos artistas que não deixam a melhor impressão aos poucos que frequentam o lugar. Uma plataforma com potencial de mover massas, é tratada com algum desleixo, falta preparo e profissionalismo, os artistas não pensam nas oportunidades do amanhã”, disse Kloro.

Nesta reestreia, o assunto em debate era a performance e a sua relevância na cadeia de valor da música, tendo sido abordada a importância que o artista deve dar à informação sobre a gestão de carreira, de forma a saber promover valores correspondentes à qualidade que ele vai trazer para o palco.

“Nós temos que ter noção da cadeia de valor das coisas e ver como podemos entrar nessa cadeia e contribuir para obter resultados”, afirmou o artista.

Além disso, Kloro partilhou com os outros artistas a importância de conhecer o seu público-alvo na hora da distribuição musical para garantir o êxito nos lançamentos.

“Devemos saber qual é o nosso público-alvo e onde estamos a distribuir; achamos que é só colocar nas plataformas digitais, mas, quem está a ouvir, quem é a pessoa que vai identificar-se com aquilo, não sabemos”, explicou o rapper.

Além de Kloro, artistas como Ell Puto, Nelson Nhanchungue, Texito Langa, entre outros, foram os convidados especiais para partilhar as suas experiências.