A ministra da Cultura e Turismo, Etelvina Materula, realizou ontem, 13.06.2024, uma visita a um dos precursores e rei da marrabenta, Dilon Djindji, que se encontra com problemas de saúde. Etelvina partilhou através das suas redes sociais que foi uma tarde repleta de muitas emoções.

“Estive, hoje, com o nosso ícone da marrabenta, Dilon Djindji, numa visita muito calorosa. Sempre bem-disposto e enérgico, apesar do seu estado de saúde bastante debilitado, a conversa fluiu ao lado da sua esposa.”

Materula acrescentou ainda que, através da sua equipe, vai garantir um apoio a médio prazo para as necessidades de extrema urgência. “Foi uma tarde emocionante, em que, com a minha equipe de trabalho, abraçamos a família de várias formas e garantimos apoio a médio prazo para cuidados e necessidades prioritárias e de extrema urgência. Mostramos total abertura ao Rei da Marrabenta, que continua a carregar o título com orgulho e a dignificar este género musical,” concluiu Materula.

Dilon, desde cedo, foi apaixonado pela música. Ele construiu sua própria guitarra aos 12 anos e começou a tocar em eventos locais. Após concluir os estudos e um curso bíblico, tornou-se pastor e popularizou o ritmo marrabenta na Ilha Mariana. Trabalhou como mineiro na África do Sul e em uma cooperativa agrícola ao retornar a Moçambique. Em 1960, formou o grupo Estrela de Marracuene, onde gravou seu primeiro álbum em 1973. Ganhou o concurso N’goma-Moçambique em 1994 e, em 2001, lançou sua carreira internacional com o grupo Mabulu. Aos 74 anos, demonstrou grande energia, ao gravar seu primeiro álbum solo internacional em 2002, apresentando a marrabenta de forma acústica e minimalista.

Hoje, devido a recorrentes problemas de saúde associados à idade, a família decide retirar dos palcos o ícone da marrabenta, Dilon Djindji, já com 97 anos de idade. O músico da velha guarda tem passado por sucessivos internamentos causados por dificuldades respiratórias, problemas cardíacos e perda de memória.