Moçambique lamenta a perda de uma de suas mais ilustres figuras musicais, Moisés Manjate, aos 104 anos de idade. Nascido em 4 de Fevereiro de 1920, Manjate deixou um legado inestimável na cena musical do país.

Como membro-fundador e integrante da icónica Orquestra Djambu, Moisés Manjate desempenhou um papel crucial na evolução da música moçambicana. Originária em 1958 após a dissolução do Young Issufo Jazz Band, a Orquestra Djambu rapidamente se tornou uma instituição cultural, graças à sua liderança visionária sob a direção do professor Samuel Dabula.

Manjate, conhecido por sua habilidade excepcional na guitarra e por sua voz única, foi pioneiro na introdução do blues e jazz no cenário musical moçambicano, antes de se dedicar à marrabenta, um dos estilos mais emblemáticos do país.

Além de sua contribuição musical, Manjate foi um mentor e inspiração para gerações futuras de músicos. Aos 100 anos, lançou a semente do amor à música em seus três netos, Simba, Ângelo (também conhecido por seu trabalho como realizador de vídeos-clipes) e Dice Sitoe, que seguiram seus passos na indústria musical.

Sua presença influente no cenário musical urbano moçambicano foi imortalizada por sucessos eternos, como “Elisa we gomara saia”, que continua a ecoar através das décadas.

Com sua partida, Moisés Manjate deixa para trás um legado duradouro e um vazio na comunidade musical de Moçambique. Seu impacto será sentido não apenas na música, mas também na cultura e na identidade nacional do país.