Morreu, esta terça-feira em Lisboa, capital portuguesa, vítima de doença, o arquitecto José Forjaz. José Forjaz foi responsável por dezenas de projectos marcantes no país. Entre suas obras destacam-se, na cidade de Maputo, o Monumento aos Heróis Moçambicanos, a Praça da Mulher Moçambicana, o Monumento em homenagem a Samora Machel, o Tribunal Administrativo, o Palácio do IV Congresso (hoje Assembleia da República), o Cinema Xenon e o Centro Cultural de Matalana, em Marracuene, província de Maputo. Também projectou a Igreja do Seminário da Matola.
Além de sua contribuição em Moçambique, Forjaz trabalhou em projectos na África do Sul, Angola, Lesoto, Botswana, Itália, Eswatini, Gana e Portugal.
Nascido em 1936, na cidade de Coimbra, em Portugal, José Forjaz mudou-se para Moçambique na década de 1950 e foi estagiário do renomado arquitecto português Amâncio d’Alpoim Miranda “Pancho” Guedes. Era mestre em arquitectura pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Forjaz coordenou a criação da Faculdade de Arquitectura da Universidade Eduardo Mondlane e ocupou cargos governamentais como o de Secretário de Estado de Planeamento Físico.
Autor de vários livros de arquitectura, foi distinguido pelo governo de Moçambique com as medalhas de mérito de Arte e Letras e medalha de honra Veterano da Luta Armada.