O presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, recebeu na última terça-feira (17.09.2024) a Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) na presidência da República, no âmbito da passagem dos 42 anos da criação da associação.
Na ocasião, o presidente referiu que um dos principais objectivos do governo é a profissionalização das artes através de instrumentos que já foram aprovados para a protecção dessa classe.
“É preciso profissionalizarmos a arte porque muitas das vezes os custos para escrever um livro têm sido mais altos do que as rendas que dali se recebem”, disse o presidente da República.
Nyusi acrescentou ainda que há necessidade da criação de bibliotecas públicas gratuitas para os cidadãos, apesar de haver uma maior tendência em navegar em vez de frequentar bibliotecas físicas.
Já o secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos, Carlos Paradona, também aproveitou a ocasião para reforçar o pedido da valorização do trabalho dos escritores.
“A escrita não pode ser motivada pela ausência de conforto financeiro; a escrita deve ser muda, nua e crua, que flua da alma e corra nas veias diluídas no sangue vermelho. Só assim levantaremos bem alto a bandeira cultural do nosso povo; por isso, devemos apostar na produção de obras de autores nacionais para a sua circulação no continente e no mundo”, afirmou Paradona.
A Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) foi fundada em 31 de Agosto de 1982 e desenvolve as suas actividades através da edição de obras de autores moçambicanos, atribuição de prémios literários, bem como da organização de conferências, jornadas e debates para a divulgação da literatura moçambicana.