Rober Mavila, cujo nome de baptismo é Eduardo Horácio Mavila, é um rapper, cantor, beatmaker e idealizador musical, membro do grupo AOPDH, que tem na sua arte a autenticidade e o orgulho cultural.

Na vida, todos temos uma missão, e para Mavila, com grande convicção, crê que a sua é elevar a Música Moçambicana ao mais alto nível, dando ao público, através dos seus sons, a representação da identidade cultural e elevando o som de Moçambique de uma forma autêntica e inovadora.

Nascido e criado em Infulene D, Maputo, entrou na música influenciado por grandes nomes como Mc Roger, Ziqo, Zena Bacar, Lucky Dube e Laylizzy. A sua carreira musical, que começou em 2017, foi uma combinação de paixão e acaso.

“Entrei no mundo da música por ‘acidente’, provocado por RongMan, que me convidou para fazer parte do seu grupo com o objectivo de fazer crescer o grupo, que era constituído apenas por dois elementos”, explica.

Desde então, a sua paixão pela música só cresceu, levando-o a explorar novos horizontes sonoros. Uma das suas marcas é a mistura de trap com timbila, uma ideia que surgiu da perspectiva de criar autenticidade e preservar as raízes culturais moçambicanas.

Nessa perspectiva, viria a criar o movimento 808qtwerka, que celebra a essência moçambicana, procurando promover “a nossa moçambicanidade, os nossos heróis, as nossas vivências reais” e mostrar ao mundo o valor único da cultura moçambicana.

“A ideia de unir os sons locais com trap surgiu à medida que eu ouvia muita música local de velha guarda. Sortudo, encontrei Elton Penicela, que foi a peça que faltava para concretizar essa visão”, revela.

A Outra Parte da História

Não é só no 808qtwerka que Rober Mavila encontrou uma forma de manter viva a autenticidade e os valores africanos; o rapper é também membro da AOPDH, agrupamento que tem apresentado ao público uma nova essência no estilo trap.

Mavila reflecte que “fazer parte da AOPDH é cumprir a profecia da força divina. Não escolhi fazer disso a minha vida; hoje percebo que foi uma vontade do universo”, contou.

Para Mavila, tanto o grupo, como também o “boom” do grupo através dos sons “Xindondi” e “Teka”, fortaleceu as suas crenças e reafirmou os seus lemas, tais como “até que o rap mude vidas” e “o plano não muda.”

Já viu a mais recente música dos AOPDH? Veja abaixo.