A cantora e compositora moçambicana Xixel Langa apela aos artistas a lutarem pela valorização artísticas e a criarem novas estratégias de desenvolvimento das artes que estejam à altura dos tempos atuais.

Xixel é uma artista que cresceu no seio familiar artísticos, desde a infância a artista observou de perto o desenvolvimento das fases da cultura nacional, apesar dos desafios e frustrações que os artistas passavam Xixel conta que a frase do primeiro presidente de moçambique servia de consolo para os fazedores das artes e culturas: “ o presidente Samora Machel incutiu nas nossas mentes que a cultura é o sol que nunca desce, isso dava-nos forças de abraçar essa causa”, entretanto, apesar das motivações depois da morte de Samora Machel a artista conta que os artistas começaram a transformar-se em lua, lua essa que só ficar nas escuras, e deixou de ser sol.

A cantora contou que as dificuldades sempre foram enormes desde a transição do socialismo para o capitalismo, as condições nas quais os artistas atuavam e havia muita fome, com isso os artistas foram concebendo que não se vive das artes e que essa profissão devia ser executada apenas por amor. “houve vários artistas que desistiram porém há vários que como eu mantiveram-se firmes e vivem das suas artes, a título de exemplo temos o Malangatana” disse Xixel.

Apesar de todas as dificuldades que os artistas enfrentaram, muitos prenderam-se no tempo e conformaram-se a esses preceitos que a sociedade incutiu neles e por esses motivos muitos deles não são valorizados. Questionada sobre a culpa da desvalorização dos artistas a cantora joga a toalha para a própria classe artística que na maioria não atribui-se os devidos valor que merecem: “alguns até criam mas não sabem porque criam, não têm objectivos claros e submetem-se a situações que não dignificam a profissão”. A cantora acrescentou ainda que os fazedores das artes precisam progredir mentalmente, desenvolverem estratégias e métodos da valorização artística, não permitindo que a fome tome a dianteira e fale mais alto.

Na mesma ocasião, a artista também apelou à união por parte dos artistas, acreditando que juntos são capazes de colaborar na criação de estatutos que regulem a profissão para que todos os artistas sintam-se identificados.